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Sexta, 07 Junho 2013 09:50

Burkitt

Sexta, 07 Junho 2013 09:37

Ouvidoria

A Ouvidoria funciona como um espaço onde os clientes podem dar sugestões e fazer elogios e críticas aos serviços prestados pelo Centro Radiológico de Campinas (CRCamp).

O objetivo da ouvidoria é servir como um canal de comunicação direta do CRCamp com seus clientes e a partir de suas manifestações melhorar cada vez mais a qualidade do atendimento e dos serviços prestados.

As dúvidas, as sugestões e as reclamações são analisadas pela Ouvidoria e encaminhadas aos setores competentes, que após certo período retornam para a Ouvidoria, que em seguida retransmite aos clientes reclamante. As manifestações podem ser feitas por carta, e-mail, por telefone ou pessoalmente.

Sexta, 07 Junho 2013 09:15

Bem estar viva a vida com mais saúde

Temos em nossas clínicas os melhores equipamentos para 
atender nossos clientes com maior eficiência e rapidez

Consolida-se entre os especialistas em todo mundo, que a utilização da Ressonância Magnética mamária (RMM) com meio de contraste paramagnético é uma importante ferramenta na detecção precoce do câncer de mama, na melhor avaliação da extensão da lesão, localização espacial na mama e no adequado o planejamento terapêutico.

É indispensável também nos casos inconclusivos em que os limites da mamografia e ultrassom foram alcançados, como em suspeitas de recidiva em mamas operadas e irradiadas e linfonodos loco - regionais metastáticos, e na avaliação da resposta de alguns tumores que são submetidos à quimioterapia neo-adjuvante.

Tudo isso tem um único norte: melhores resultados terapêuticos, cirúrgicos ou não, e, sobretudo, na redução de mortalidade.

Embora todos reconheçam as dificuldades e, em nosso País, o problema é ainda mais grave, pois, tem o aspecto econômico, muito se havia discutido na indicação da RMM como método de rastreamento do câncer de mama. Alguns especialistas arriscavam driblar os convênios, mas a dúvida que os índices de baixa especificidade soavam com assombro a cada área de impregnação anômala encontrada.

Estudos realizados em Atlanta nos Estados Unidos, pela Sociedade Americana de Câncer culminaram em um protocolo que mostra com evidências sólidas e baseadas em estudos científicos padronizados e controladas que a RM é uma ferramenta útil para o rastreamento de câncer de mama juntamente com a mamografia, anualmente, em pacientes categorizadas como “de alto risco para o câncer mamário”.

Os critérios foram bem estabelecidos e estabelecem que mulheres com alto risco devem iniciar o seu rastreamento anual com RMM a partir dos 30 anos ou 5 a 10 anos antes da idade desenvolvida pelo familiar. A maioria dos trabalhos utilizados mostra uma alta sensibilidade da RM na detecção do câncer invasivo para o grupo de mulheres com alto risco, em torno de 71 a 100% em comparação com o método mamográfico tradicional que é de 16 a 40%, o que já era sabido por outros estudos vastamente difundidos.

O que foi decisivo para que o método fosse eleito como ferramenta de rastreamento foi a sua especificidade que também ficou com altas taxas de 81 a 99% para a RM semelhante às taxas vistas pela mamografia que é de 93 a 99%.

Os estudos mostram, também, que existem mulheres que são consideradas como grupo de incerteza, onde não há dados da literatura que confirmem que o rastreamento de mama é benéfico. Neste grupo estão incluídas mulheres com mamas heterogênea ou extremamente densas pela mamografia e com história pregressa pessoal de câncer de mama tais como carcinoma in situ (ductal ou lobular), hiperplasia atípica (ductal ou lobular), e risco de desenvolver câncer de mama ao longo da vida entre 15 a 20%. Para este grupo a decisão deve ser criteriosa e tomada pelo médico da paciente avaliando os demais parâmetros clínicos, mamográfico e ultrassonográfico.

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Fig. 1 – Paciente de 48 anos com nódulo redondo e circunscrito com curva cinética de realce tipo 3.

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Fig. 2 – Imagem de implante mamário por ressonância magnética.

No final de 2008, Lee e colaboradores publicaram resultados que envolviam taxas que interferem no prógnóstico dos tumores de mama em três grupos de pacientes que foram submetidas ao rastreamento anual com as seguintes estratégias: mamografia isolada, ressonância magnética isolada e mamografia e RM em conjunto. Utilizando uma ferramenta estatística baseada em modelo de Markov conclui-se uma tímida, porém significativa, redução na mortalidade de 454 para 426 naquele grupo que realizou rastreamento com RM e mamografia. Este foi um primeiro dado científico que nos dá ânimo de que estamos no caminho certo ao norte.

Dr. Flávio Caldos
Médico Radiologista - Centro Radiológico Campinas.
Hospital Vera Cruz, Campinas.
Fonte: CRC NEWS – Informativo do Centro Radiológico Campinas – ANO I – Nº 3 – JULHO/SETEMBRO 2009

Nos últimos anos a combinação das novas técnicas da RM tem permitido maior aplicação do método no diagnóstico, localização, estadiamento e planejamento pré-cirúrgico, e pré-radioterápico dos pacientes com câncer da próstata.

A avaliação multiparamétrica do estudo por RM da próstata com “coil” endorretal representa na verdade uma combinação de 4 técnicas dotadas de princípios fisiopatológicos e bioquímicos distintos. Estas téc¬ni¬cas são: imagens convencionais, espectroscopia, imagens pon¬deradas em difusão e estudo dinâmico com contraste.

Atualmente as grandes aplicações da RM da próstata são: detecção do câncer da próstata em pacientes com biópsias negativas e PSA elevado, estadiamento do câncer detectado pe¬la biópsia e na suspeita de recidiva da doença neoplásica pós radioterapia ou pós-prostatectomia radical. O protocolo em¬pregado na investigação varia de acordo com uma dessas in¬dicações. Por exemplo quando realizamos a avaliação multi¬pa¬ramétrica para o estadiamento do câncer da próstata o pro¬tocolo é construído com base em dois fatores principais a dosa¬gem do PSA e o escore de Gleason obtido na biópsia. Em pa¬cien¬tes com PSA acima de 10 ou Gleason acima de 6, obtemos uma seqüência com imagens ponderadas em T1 na pelve para a pesquisa de adenomegalias. Se não for este o caso, a inves¬tigação limita-se as imagens convencionais ponderadas em T1(avaliação dos feixes neuro-vasculares e hemorragia pós-biópsia) e T2, imagens ponderadas em difusão, espectroscopia e estudo dinâmico com contraste.

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Figura 1: Câncer prostático multifocal. Imagem ponderada em T2, plano axial.
Notar áreas focais com sinal hipointenso (setas), comprometendo ambos os lados da zona periférica (ZP).

Imagens convencionais: Permite a detecção de alterações anatômicas. Nas imagens ponderadas em T2 e devido ao seu bai¬¬xo teor de água, o câncer aparece com sinal hipointenso (Fig. 1). Todavia outras alterações prostáticas tais como fibrose, infarto, atrofia, e prostatite também aparece de forma similar.

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Figura 2. Princípio básico da espectroscopia da próstata.
Na imagem axial ponderada em T2, observamos área focal hipointensa na porção
direita da ZP. O vóxel em vermelho indica a área avaliada e sua correspondente curva
espectral representativa de câncer. O vóxel verde, amostra a zona periférica normal que
é representada por uma curva espectral de tecido saudável.

 

Espectroscopia. Permite obtermos uma avaliação metabólica do tecido prostático. Desta maneira a espectroscopia tem esta gran¬de vantagem em relação às imagens anatômicas fornecidas pela RM convencional. A ferramenta básica para a interpretação da espectroscopia é a curva espectral. Pela análise da curva es¬pectral podemos estimar os níveis dos metabólitos prostáticos. A curva espectral do tecido normal mostra níveis altos de citrato (Ci) e de poliaminas e nível baixo de colina(Co). No tecido can¬ceroso esta relação se inverte. Devido ao maior número de mem¬branas celulares existe aumento da colina e devido à destruição dos ductos uma redução do citrato e da poliamina (Fig. 2).Nas duas situações o metabólito creatina(Cr) permanece constante, permitindo o cálculo da relação entre eles, denominada de re¬lação Co+Cr/Ci .

Imagens ponderadas em Difusão: Serve para detectar o estado do movimento translacional das moléculas da água no interior do tecido. No câncer da próstata as células estão com-pactadas o que acarreta uma restrição da difusão da água em relação à do tecido normal. Como o coeficiente de difusão apa¬rente (CDA) reflete primariamente o coeficiente de difusão da água extra-celular, estes valores tendem a ser menor que os do tecido normal (Fig. 3).

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Figura 3. Valor da técnica com imagens ponderadas em difusão. A) Imagem ponderada
em T2 mostra hipointensidade em T2 em toda a extensão da zona periférica.
B) A imagem ponderada em difusão mostra que apenas a zona periférica direita é
suspeita de tumor(setas), porque aparece hipointensa na técnica de CDA. A zona
periférica esquerda é normal.

Estudo dinâmico com contraste (perfusão). Permite detectar as alterações que ocorrem no tecido canceroso devido aos processos de neovascularização e angiogênese associado a lesão neoplásica. Ao estudo de perfusão o câncer da próstata tem como característica uma rápida e forte impregnação por contraste seguida também de uma rápida desimpregnação por contraste (“wash-out) (Fig 4).

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Figura 4. Estudo de perfusão. A) Imagem axial do estudo dinâmico após infusão
de gadolíneo. Notar a área de rápida impregnação e desimpregnação por contraste
(seta),ocupando a porção direita da ZP. B) Curvas do estudo dinâmico: curva 1 (cor
roxa), ilustra a rápida impregnação e a rápida desimpregnação por contraste (curva
com padrão tumoral),enquanto a curva 2 (verde) mostra um padrão de impregnação
do tecido normal.

No Centro Radiológico Campinas (Departamento de Ra¬dio¬logia do Hospital Vera Cruz), utilizamos desde 2004 e de forma rotineira a avaliação multiparamétrica dos pacientes com suspeita ou portadores de câncer da próstata e submetido ao exa¬me de ressonância magnética endorretal com objetivo de de¬tecção e estadiamento da doença, respectivamente. A avaliação multiparamétrica  apresenta em nosso serviço uma especificidade de 82% para a detecção do câncer da próstata (Fig. 5).

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Figura 5. Avaliação multiparamétrica. Paciente com PSA de 9.8 e duas biópsias
prostáticas negativas.
A) Espectroscopia mostra vóxel 8 suspeito para câncer
situado na linha mediana da ZP.
B) A curva espectral é fortemente suspeita pois mostra relação Co+Cr/Ci = 1.75.
O estudo de perfusão foi positivo nesta área, porém a difusão foi negativa.
C) Realizada biópsia prostática dirigida pelos achados da espectroscopia que
revelou câncer Gleason 6, ilustrado em D).


Dr. Adilson Prando
Radiologista do Centro Radiológico Campinas.
Chefe do Departamento de Radiologia do
Hospital Vera Cruz, Campinas.

Fonte: CRC NEWS – Informativo do Centro Radiológico Campinas – ANO I – Nº 1 – JANEIRO/MARÇO 2009

Radiologia Intervencionista abdominal não-vascular e ablação tumoral percutânea guiada por imagem: o valor na prática clínica

Já está bem estabelecido o papel da radiologia intervencionista na realização guiada por imagem de biópsias, drenagem percutânea de coleções, alcoolização de cistos renais e alcoolização do plexo celíaco. Além disso, vem ganhando importância atualmente como opção terapêutica oncológica a ablação percutânea guiada por imagem de lesões neoplásicas intra-abdominais como aquelas localizadas no fígado, adrenais e rins.

 Seja qual for a etapa no diagnóstico e tratamento destes pacientes, a maior vantagem dos procedimentos inter­-ven­cio­nistas percutâneos guiados por imagem se deve às suas altas taxas de sucesso e baixas taxas de com­plicações, quando bem indicadas.

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Procedimento intervencionista realizado sob orientação de fluruotomografia, permitindo o acesso preciso das lesões intra-abdominais.

A)Biópsias abdominais guiadas por imagem. Permite o diag­nóstico específico de diversas patologias através de métodos minimamente invasivos. Apesar da evolução da propedêutica por imagem na avaliação de lesões abdominais, muitas das le­sões detectadas e avaliadas pelos diferentes métodos de ima­gem são ainda caracterizadas como indeterminadas. São essas as lesões que representam as principais indicações das biópsias. Além disso, estes procedimentos são muito bem tolerados, sendo contra-indicações relativas as coagulopatias intratáveis, pa­cien­tes não cooperativos e a ausência de um acesso seguro da le­­são pela agulha de biópsia.

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 Biópsia transglútea realizada em tumor pélvico, com invasão mesorretal (adenocarcino¬ma). O paciente tinha sido submetido an-teriormente a quatro biópsias por via colonoscópica, sem material suficiente.

B)Drenagem percutânea de coleções e abscessos guiados por imagem. A utilização do dreno percutâneo tipo “pigtail”, específico para a drenagem de coleções vem se tornando método de escolha para o tratamento da maioria das coleções abdominais ou pélvicas infectadas, devido à alta taxa de sucesso e baixa taxa de complicações, especialmente naqueles pacientes com alto risco cirúrgico.
A drenagem por via percutânea está indicada em abscessos hepáticos, pseudocistos pancreáticos infectados, coleções extra ou intra-peritoneais, complicações pós-operatórias do trato gastro-intestinal, bem como apendicite ou diverticulite compli-cada com abscesso intra-cavitário.

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A) Coleção pós-operatória infectada localizada na retro-cavi¬dade dos epíplons em um paciente submetido à gastroplastia re¬dutora.
B) Punção da coleção.
C) Posicionamento do dreno per¬cutâneo.
D) Aspecto pós-drenagem imediata. Paciente ficou afebril no mesmo dia do procedimento, com normalização do leucograma em dois dias.

C)Alcoolização de cistos renais guiada por imagem. Os pa¬cientes submetidos a este procedimento são aqueles com cis¬tos benignos (Bosniak I) sintomáticos (lombalgia sem outra causa identificável ou hidronefrose por compressão do sistema coletor).
A técnica consiste na punção orientada por imagem do cisto com introdução de cateter de drenagem tipo “pigtail”, es¬va¬zia¬men¬to do cisto e posterior injeção de etanol 95%.

 

 

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A)Uro-tomografia mostrando cisto renal parapiélico em rim esquerdo, causando hidronefrose por compressão do sistema coletor.
B) Punção do cisto.
C) Posicionamento do dreno no in¬terior do cisto, que é esvaziado.
D) injeção de etanol 95%.
E) Aspecto no cisto imediatamente após o procedimento.

D)Alcoolização do plexo celíaco guiada por imagem. O blo¬queio do plexo celíaco através da alcoolização guiada por ima¬gem constitui um importante adjuvante no tratamento paliativo de dores abdominais intratáveis, principalmente em pacientes com câncer de pâncreas ou pancreatite crônica, podendo tam¬bém ser realizada em pacientes com outras doenças oncológicas abdominais.
São várias as vias de acesso para a alcoolização do plexo ce¬líaco, sendo a tomografia computadorizada de extrema im¬portância para se ter precisão na realização deste procedimento.

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 Via de acesso posterior na alcoolização do plexo celíaco.

 

E)Ablação tumoral percutânea guiada por imagem. Ablação tu¬moral percutânea vem se tornando opção terapêutica de gran¬de aceitação no tratamento oncológico loco-reginal em ca¬sos se¬¬lecionados de lesões neoplásicas localizadas em órgãos intra-ab-dominais como fígado, rins, adrenais e linfonodos.

A técnica deste tratamento oncológico consiste na introdução guiada por imagem (tomografia computadorizada ou ultras¬so¬nografia) de uma ou mais agulhas capazes de gerar energia tér¬¬mi¬ca no interior das lesões neoplásicas, determinando necrose focal e destruição tumoral de maneira circunscrita. A energia tér¬¬mica pode ser calor (radiofreqüência, “micro wave” e laser) ou frio (crioablação).

Os pacientes que mais se beneficiam com esta técnica são aqueles com comorbidades cirúrgicas, tratamento paliativo em le¬sões irressecáveis e nos casos onde é fundamental a pre¬ser¬vação da maior quantidade possível de tecido saudável.

São contra-indicações para este procedimento os casos de doença sistêmica progressiva, septicemia, coagulopatias, tu¬mo¬res ocupando grande volume do órgão alvo ou maiores que 4,0 cm e a proximidade com estruturas críticas que não per¬mi-tam o afastamento através de técnicas como a de hidrodis¬secção, gerando lesões indesejadas.

Seja qual for o paciente, a discussão de cada caso, em uma equipe multidisciplinar é essencial para que se pesem os riscos e benefícios deste tipo de tratamento.

 

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 A) Paciente com antecedente de adenocarcinoma de cólon, evidenciando aparecimento de lesão focal hepática no segmento VIII, de difícil acesso cirúrgico. B) PET-CT evidencia captação de FDG [18F] pela lesão, confirmando o diagnóstico de acome¬ti¬mento secundário hepático. C) Programação virtual do trajeto da agulha de radiofreqüência. D) Posicionamento da agulha na lesão, guiada por tomografia e E) ultrassonografia. F) Paciente durante o procedimento, sob sedação anestésica G) Bolhas de gás relacionadas à radioablação mascaram a lesão focal. H) As¬pecto pós-procedimento, evidenciando zona de necrose coa¬gulativa do parênquima hepático, incluindo a lesão metastática.

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 A) Tumor renal exofítico, adjacente a alça colônica B) Agulha de hidrodissecção afastando a lesão do cólon e agulha de ra¬diofreqüência posicionada no tumor. C) Pós-procedimento ime¬diato evidenciando necrose coagulativa da lesão. Cortesia de Dr. Rodrigo Gobbo Garcia.

 

Dr. Thiago José Penachim
Médico Radiologista,
Especialista em Imagem
Abdominal e Intervenção
Centro Radiológico Campinas
Hospital Vera Cruz, Campinas.

Fonte: CRC NEWS – Informativo do Centro Radiológico Campinas – ANO I – Nº 2 – ABRIL/JUNHO 2009

 

Num país onde o futebol é o esporte nacional e com a popularização da corrida de rua, são cada vez mais freqüentes casos de pubalgia nos consultórios.
A afirmação é da médica Juliana Campos, da área de RM do Sistema Músculo Esquelético, do Centro Radiológico Campinas.

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“Pubalgia do atleta” é um termo clínico utilizado por ortopedistas e  especialistas em medicina esportiva para descrever a dor inguinal ou na região púbica, relacionada à atividade esportiva. É um achado comum em atletas de corrida e jogadores de futebol, esclarece a médica. Lembra também, que as manifestações relacionadas à pulbagia do atleta se caracterizam por lesões da inserção do reto abdominal e sua fáscia, das origens dos tendões adutores da coxa, além das afecções da sínfise púbica.

 

Os pacientes, clinicamente, podem ser divididos em 4 grupos

Um grupo com edema medular ósseo bilateral e simétrico envolvendo os ramos púbicos ao nível da sínfise, geralmente associado a alterações proliferativas ósseas e sem lesões tendíneas. Estes pacientes apresentam a “Osteíte Púbica”, causada por provável instabilidade da sínfise exacerbada pela atividade física (Figura 1). 

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 Figura 1: Paciente do sexo masculino, jogador de futebol, com queixa de dor inguinal direita e diagnóstico de osteíte púbica.

A)Imagem localizada na sínfise púbica no plano coronal, ponderada em T2 com saturação
de gordura, mostra hipersinal em T2 (edema) das extremidades dos ramos púbicos,
bilateralmente, um pouco mais acentuado à direita.

B)Imagem da bacia no plano axial, ponderada em T2 com saturação de gordura, mostra
hipersinal em T2 (edema) das extremidades dos ramos púbicos, bilateralmente.

 

Um segundo grupo de pacientes com tendinopatia da origem dos adutores, com ou sem anormalidades ósseas, que apresentam geralmente boa resposta ao tratamento conservador (Figura 2).

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Figura 2: Paciente do sexo masculino, motorista, com queixa de dor inguinal esquerda.

A) Imagem no plano coronal com aspecto mais anterior da bacia, ao nível da sínfise púbica,
ponderada emT2 com saturação de gordura. Nota-se líquido junto as origens dos tendões adutores
no púbis, mais evidente à esquerda (setas).

B) Imagem da bacia do plano axial, ponderação T2 com saturação de gordura, demonstra
hipersinal (edema ósseo) no ramo púbico esquerdo (seta).

Um terceiro grupo de pacientes com doença insercional dos retos femorais, com ou sem lesão adutora e óssea (Figura 3). A maioria necessita de tratamento cirúrgico.

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Figura 3: Paciente jogador de futebol com pubalgia. 

Imagem ponderada em STIR, no plano coronal, da parede abdominal anterior e púbis.
Nota-se hipersinalem T2 (edema/lesão parcial) da junção músculotendínea
distal do reto abdominal direito, junto ao púbis (seta). 

 Mais informações sobre o assunto:

  1. Zoga etal. MR Imaging of Athletic Pubalgia. Radiology 2008; 247 (3): 797 – 806.
  2. Restrom P etal. Goin inguries in athletes. Br J Sports Med 1980;14 (1) 30 – 36.

Dra. Juliana Constantino Campos
Médica Radiologista - Centro Radiológico Campinas.
Hospital Vera Cruz, Campinas.

Fonte: CRC NEWS – Informativo do Centro Radiológico Campinas – ANO I – Nº 1 – JANEIRO/MARÇO 2009

Terça, 04 Junho 2013 17:24

Osteoporose: uma doença silenciosa

Reconhecida como um importante problema de saúde pública, a Osteoporose é a doença ósseo-metabólica mais comum em todo o mundo, afetando cerca de 30% das mulheres na pós menopausa e um expressivo número de homens com registro de ingestão excessiva de álcool e fumo. No Brasil estima-se que 15 milhões de pessoas estejam propensas a desenvolver a doença.

A medicina ainda desconhece a causa da Osteoporose, mas sabe como se desenvolve, conhece os caminhos da prevenção e consegue resultados animadores para aqueles que se dispõe a encarar o problema de frente.

O processo para o diagnóstico da Osteoporose começa com a visita ao médico especialista, mas é importante que o paciente conheça os fatores que podem influir no aparecimento da doença e fique atento para os principais sinais que apareçam, e que realize – quando solicitado por seu médico – o exame de densitometria. Os fatores de risco começam ao redor dos 30 anos quando a massa óssea começa naturalmente a declinar. Mas, são as mulheres pós menopáusicas (acima de 50 anos) que têm mais risco de desenvolver osteoporose. Para essas pacientes devem ser considerados:

a)Estrutura óssea e peso: baixa estatura e massa muscular pouco desenvolvida;
b)Histórico familiar: a hereditariedade é um dos mais importantes fatores de risco para a osteoporose;
c)Histórico de fraturas;
d)Medicamentos: alguns medicamentos, como os esteróides (usados em homens que não fabricam suficiente testosterona), podem aumentar o risco de desenvolver a doença.

É importante estabelecer, também, que a Osteoporose não ocorre apenas em mulheres. É uma doença que ataca ambos os sexos.

Dentro do contexto da vida moderna, dois novos ingredientes aumentam as chances da doença:

 

A densitometria óssea é o exame indicado para o diagnóstico e acompanhamento da osteoporose.

1)Cigarro: estudos recentes mostram alguma forma de correlação entre o tabaco e a queda da densidade óssea. Mulheres que fumam também tendem a entrar na menopausa antes. De qualquer forma, a melhor coisa que um fumante pode fazer para proteger seus ossos é largar o vício.

2)Consumo de Álcool: o excesso de álcool no organismo interfere no balanceamento do cálcio, um nutriente essencial para os ossos e também interfere na produção da vitamina D, essencial para a absorção de cálcio. Além disso, tanto em homens quanto em mulheres, o excesso de álcool altera os níveis hormonais. O seu consumo também leva à falta de equilíbrio, aumentando o risco de queda e de fraturas.

3)Quem deve fazer exames para verificar a densidade óssea?

a)Todas as mulheres com mais de 65 anos, mulheres com menos de 65 anos que tenham histórico de osteoporose na família, histórico de fratura antes de 50 anos e que sejam fumantes.
b)Quem está abaixo do peso.
c)Quem toma remédio que cause perda óssea.
d)Quem tem doenças que possam agravar ou levar à osteoporose.

O Centro Radiológico Campinas alerta: consulte o seu médico para obter orientação no diagnóstico e prevenção de osteoporose.

Com o aumento da expectativa de vida da população tem crescido significativamente o risco de doenças degenerativas ligadas ao envelhecimento, incluindo as relacionadas ao sistema nervoso central (SNC). Quando tratamos do envelhecimento do cérebro é importante separarmos o envelhecimento normal do patológico.

No envelhecimento normal podem ocorrer alterações usualmente encontradas nessa faixa etária e não as­­­so­cia­-das a doenças especificas. No envelhe­ci­men­to patológico ocorrem alterações cerebrais as­so­cia­das a sinais e sintomas relacionados a processos pa­to­ló­gicos distintos. O termo demência representa um déficit adqui­ri­do e pro­­gressivo nas habilidades intelec­tuais, tais como memó­ria, cognição, linguagem, emoção, etc. Através do avanço da RM, é possível obter cada vez mais informações adicionais que trarão um diagnóstico preciso quanto às diversas causas que levam a demência.

No envelhecimento normal alguns achados são freqüente­men­­te encontrados tais como: discreto grau de redução ence­fá­lica global, espaços peri-vasculares alargados (Virchow-Robin), de­posição de ferro principalmente no globo pálido, núcleo rubro e pars reticulata da substância negra assim como nos núcleos den­teados. Com o avançar da idade essa deposição de ferro po­­de acometer também o caudado e o putâmen, com a in­ten­sidade de sinal se igualando ao pálido. Outro achado co­mu­men­te encontrado e de significado controverso são os focos de hi­pers­sinal nas seqüências T2 e FLAIR que acometem a subs­tân­cia branca dos hemisférios cerebrais, principalmente nos lo­bos frontais e parietais. Varias são as causas que levam aos dis­­túrbios cognitivos e a demência. Dentre elas a maior res­pon­sá­vel é a doença de Alzheimer (DA), seguida das demências de cau­sa vascular (DV), demência fronto-temporal, demência com cor­pos de Lewy, e doença de Creutzfeldt-Jakob.

 

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Fig 1 a – paciente jovem,
corte coronal de RM mostra
lobos temporais e hipocampos
com volume normal.

Fig 1 b – paciente de 80
anos com suspeita clínica
de DA, RM de¬¬¬mons¬¬¬tra
redução volumétri¬ca dos
lobos temporais e hipocampos.

 A DA é responsável por 50 a 70% das demências, e é ca­rac­­terizada por redução volumétrica encefálica, principalmente aco­metendo as porções mesiais dos lobos temporais. A RM é uma ferramenta adicional no seu diagnóstico, tendo como prin­cipais achados a redução volumétrica dos hipocampos associado a certo grau de atrofia cerebral. Varias téc­nicas são utilizadas na tentativa de criar critérios para diagnóstico da doença, como por exemplo, volumetria dos hipocampos, a espectros­copia de pró­tons e mais recentemente o tensor de difusão (DTI).

A espectroscopia de prótons por RM permite a avaliação dos metabólitos presentes no cérebro de maneira não invasiva. Tra­balhos com espectroscopia de prótons nos hipocampos e no cíngulo demons­traram redução dos valores de n-acetil-aspartato (relacionado à perda neuronal) e elevação dos valores de mio-inositol (relacionado à pro­liferação glial). Porem esses achados isoladamente são pouco específicos tendo em vista que outras patologias também cursam com alteração dos níveis desses metabólitos.

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 Fig 2 a e fig 2 b – paciente de 78 anos com suspeita clínica de DA, exame de espectroscopiacom voxel único posicionado na porção posterior do giro do cíngulo demonstra queda dos valores de Naa com aumento dos níveis de Mi.

Mais recentemente estudos com DTI vêm tentando demonstrar com mensuração de valores de anisotropia fracionada (AF) - relacionada à integridade dos tratos de substância branca - acometimento precoce dessas fibras nos lobos frontais, temporais, parietais e giro do cíngulo, para um diagnóstico mais precoce da doença. Apesar de recentes esses trabalhos apontam para um novo horizonte no auxilio diagnóstico da DA, porém devendo ser avaliados em conjunto com os demais achados de RM.

As demências vasculares (DV) são a segunda maior causa demência e são compostas por um grupo heterogêneo de doenças tais como demência relacionada a múltiplos infartos, doença de pequenos vasos, infartos estratégicos, encefalopatia relacionada a HAS,  angiopatia amilóide, doença de Binswanger,  CADASIL, entre outras. O curso dessas demências geralmente difere da DA por apresentar-se com queda abrupta das funções cognitivas, progressão em “degraus” dos déficits ou por instalação após um AVC previamente diagnosticado. Apesar disso muitas vezes a diferenciação com a DA é difícil.

A RM pode auxiliar no diagnóstico das DV, por exemplo, como nos casos de infartos estrategicamente localizados (por exemplo giro angular e tálamo), presença de múltiplos infartos , acometimento de mais de 25% da substância branca por microangiopatia e lesões microhe­morrágicas (comuns na angiopatia amilóide e na encefalopatia rela­cionada a HAS).

Nas demais causas de demência a RM também tem papel de grande importância como, por exemplo, na predileção da atrofia dos lobos frontais e temporais na demência fronto-temporal, no aspecto típico de acometimento da substância cinzenta na seqüência de DIFUSÃO na doença de Creutzfeldt-Jakob ou ainda para afastar outras patologias como nos casos da hidrocefalia de pressão normal.

Dr. Marcos Marins

Médico Radiologista - Centro Radiológico Campinas.

Hospital Vera Cruz, Campinas.

Fonte: CRC NEWS – Informativo do Centro Radiológico Campinas – ANO I – Nº 2 – ABRIL/JUNHO 2009

Um em cada seis homens terá câncer de próstata, uma doença que provoca o crescimento anormal e incontrolado das células da próstata.
Essa dura constatação fez parte da Campanha Nacional de Combate ao Câncer de Próstata desenvolvida pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), que além de procurar mostrar à população masculina que a prevenção é o segredo de uma vida longa, também buscou desmistificar as formas de diagnóstico e de tratamento da doença.

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em média há por ano cerca de 50 mil novos casos no país. E o perfil desta doença que não apresenta sintomas vem mudando ultimamente: 20 anos atrás era mais comum em homens mais velhos, a partir dos 60 anos, mas hoje em dia a doença tem acometido cada vez mais homens maduros, na faixa de 40 e 50 anos.
Prevenção

A prevenção é a melhor maneira de se diagnosticar o câncer em estágio inicial, quando ele é curável em 90% dos casos. Pesquisas apontam que os hábitos alimentares desregrados são uma das prováveis causas do aparecimento da doença em homens mais jovens. Por isso, os médicos recomendam a ingestão de pouca gordura animal, abundante alimentação vegetal (legumes, frutas e verduras).
Homens com casos na família devem iniciar os exames preventivos a partir dos 40 anos. Quem não tem histórico familiar, pode começar aos 45 anos. Segundo a SBU, apenas a dosagem do PSA não é eficaz na detecção do câncer. A cada dez casos de câncer de próstata, quatro têm o PSA normal, por isso o toque retal é imprescindível, alerta a entidade acrescentando que o exame leva de 5 a 7 segundos para ser realizado.

Exames para Detecção

PSA – Deve ser realizado anualmente, a partir dos 45 anos, através de um exame de sangue, onde será medida a quantidade de antígeno específico prostático (PSA). Quando elevada, de acordo com a idade, pode indicar anormalidade prostática entre elas o câncer.
Toque Retal – Deve ser feito uma vez por ano pelo médico. É indolor e rápido, podendo indicar a presença de alguma área irregular ou anormalidade. Esse teste também detecta o câncer em homens que ainda apresentam níveis normais de PSA.
Ultrassom transretal com biópsia – O ultrassom é utilizado para guiar a biópsia transretal da próstata. Ocasionalmente podemos detectar nódulo ou vascularização anormal ao Doppler em Cores. Após o estudo morfológico, retira-se vários fragmentos de tecido de diversas regiões da glândula. Estes fragmentos são posteriormente analisados pelo patologista para confirmar ou afastar o diagnóstico do câncer.

Tratamentos Disponíveis

Atualmente, há diversas opções terapêuticas para a doença, como a cirurgia (prostatectomia radical), a radioterapia externa (conformacional), a braquiterapia (implante de sementes radioativas na glândula) ou a observação vigiada. A indicação do tratamento mais adequado depende usualmente do estágio da doença, da idade e das condições clínicas do paciente.

cancerprostata

 

Fatores de Risco
Os fatores de risco que aumentam a chance de a pessoa desenvolver a doença:

.Idade acima dos 50 anos: 80% dos casos ocorrem em homens a partir desta idade;
.Raça negra: a doença tem maior incidência na raça negra;
.Alimentação inadequada: dieta rica em gorduras e pobre em vegetais e frutas baixam as defesas do corpo contra o câncer;
.Vida sedentária: a falta de exercícios físicos regulares e o peso acima do normal aumentam os riscos;
.Hereditariedade: se algum parente próximo (pai ou irmão) tiver câncer, duplica sua chance de desenvolver um.

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