Pubalgia do atleta: o que os esportistas de final de semana devem saber sobre o assunto

 

Num país onde o futebol é o esporte nacional e com a popularização da corrida de rua, são cada vez mais freqüentes casos de pubalgia nos consultórios.
A afirmação é da médica Juliana Campos, da área de RM do Sistema Músculo Esquelético, do Centro Radiológico Campinas.

doutora

“Pubalgia do atleta” é um termo clínico utilizado por ortopedistas e  especialistas em medicina esportiva para descrever a dor inguinal ou na região púbica, relacionada à atividade esportiva. É um achado comum em atletas de corrida e jogadores de futebol, esclarece a médica. Lembra também, que as manifestações relacionadas à pulbagia do atleta se caracterizam por lesões da inserção do reto abdominal e sua fáscia, das origens dos tendões adutores da coxa, além das afecções da sínfise púbica.

 

Os pacientes, clinicamente, podem ser divididos em 4 grupos

Um grupo com edema medular ósseo bilateral e simétrico envolvendo os ramos púbicos ao nível da sínfise, geralmente associado a alterações proliferativas ósseas e sem lesões tendíneas. Estes pacientes apresentam a “Osteíte Púbica”, causada por provável instabilidade da sínfise exacerbada pela atividade física (Figura 1). 

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 Figura 1: Paciente do sexo masculino, jogador de futebol, com queixa de dor inguinal direita e diagnóstico de osteíte púbica.

A)Imagem localizada na sínfise púbica no plano coronal, ponderada em T2 com saturação
de gordura, mostra hipersinal em T2 (edema) das extremidades dos ramos púbicos,
bilateralmente, um pouco mais acentuado à direita.

B)Imagem da bacia no plano axial, ponderada em T2 com saturação de gordura, mostra
hipersinal em T2 (edema) das extremidades dos ramos púbicos, bilateralmente.

 

Um segundo grupo de pacientes com tendinopatia da origem dos adutores, com ou sem anormalidades ósseas, que apresentam geralmente boa resposta ao tratamento conservador (Figura 2).

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Figura 2: Paciente do sexo masculino, motorista, com queixa de dor inguinal esquerda.

A) Imagem no plano coronal com aspecto mais anterior da bacia, ao nível da sínfise púbica,
ponderada emT2 com saturação de gordura. Nota-se líquido junto as origens dos tendões adutores
no púbis, mais evidente à esquerda (setas).

B) Imagem da bacia do plano axial, ponderação T2 com saturação de gordura, demonstra
hipersinal (edema ósseo) no ramo púbico esquerdo (seta).

Um terceiro grupo de pacientes com doença insercional dos retos femorais, com ou sem lesão adutora e óssea (Figura 3). A maioria necessita de tratamento cirúrgico.

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Figura 3: Paciente jogador de futebol com pubalgia. 

Imagem ponderada em STIR, no plano coronal, da parede abdominal anterior e púbis.
Nota-se hipersinalem T2 (edema/lesão parcial) da junção músculotendínea
distal do reto abdominal direito, junto ao púbis (seta). 

 Mais informações sobre o assunto:

  1. Zoga etal. MR Imaging of Athletic Pubalgia. Radiology 2008; 247 (3): 797 – 806.
  2. Restrom P etal. Goin inguries in athletes. Br J Sports Med 1980;14 (1) 30 – 36.

Dra. Juliana Constantino Campos
Médica Radiologista - Centro Radiológico Campinas.
Hospital Vera Cruz, Campinas.

Fonte: CRC NEWS – Informativo do Centro Radiológico Campinas – ANO I – Nº 1 – JANEIRO/MARÇO 2009

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