O câncer de mama é um dos tumores mais prevalentes, sendo aquele que mais mata mulheres atualmente no Brasil. O diagnóstico precoce destas lesões é o fator que mais influencia o prognóstico e o planejamento terapêutico, com maiores possibilidades de ressecções conservadoras e cura. Para tanto, o rastreamento e caracterização das lesões pré-malignas e tumores iniciais por métodos de imagem é imprescindível.
O advento de métodos de imagem das mamas data dos anos 1920, com a introdução de técnicas radiográficas que evoluíram durante o século passado, sobretudo no final dos anos 1980, quando o Colégio Americano de Radiologia introduziu a padronização para realização e emissão de relatórios em mamografia, o “BI-RADS”, que passou a guiar as condutas a partir do diagnóstico radiológico em todo o mundo, ajudando a estabelecer a mamografia como o método de triagem ideal para mulheres a partir dos 40 anos. Outro grande salto ocorreu no início dos anos 2000, quando a mamografia digital se tornou comercial, tomando o lugar da mamografia convencional (analógica), sendo considerado o método ideal de triagem nos dias atuais.
A ultrassonografia e a ressonância magnética são outros exames que complementam o diagnóstico das patologias das mamas, podendo auxiliar na detecção e caraterização de lesões, guiar biópsias, sobretudo de tumores com pouca ou nenhuma calcificação, além de realizar estadiamento completo.
O Centro Radiológico Campinas conta com dois aparelhos de Mamografia Digital de última geração, com técnicos e médicos treinados para atender as necessidades individuais de cada paciente, com qualidade certificada pelo Colégio Brasileiro de Radiologia.
Em constante contato com o médico solicitante e paciente, utilizando relatórios padronizados e condutas guiadas pelo BI-RADS, destaca-se na abordagem global das lesões e ágil complementação diagnóstica com obtenção de fragmentos para estudo anatomopatológico através de biópsias precisamente guiadas através da estereotaxia mamográfica ou ultrassonografia.
Quando os métodos de mamografia e ultrassonografia não são suficientes para o diagnóstico completo, o Centro Radiológico Campinas e o Hospital Vera Cruz podem oferecer também complementação através de técnicas avançadas de Ressonância Magnética. Contando com aparelhos de 1,5 e 3,0 Tesla e antenas dedicadas ao estudo da mama, com análise multiparamétrica, aplicam-se técnicas como difusão, espectroscopia de prótons e perfusão, caracterizando-se com grande precisão nódulos ou áreas de assimetria em ambas as mamas, em um único exame. Esta avaliação se mostra também extremamente útil no estadiamento pré-tratamento.
- Entenda melhor os métodos diagnósticos:
- Mamografia Digital
- Ultrassonografia das mamas e biópsia/punção guiada
- Ressonância Magnética das mamas
- Biópsia guiada por estereotaxia
Mamografia Digital
Indicada para rastreamento de mulheres acima dos 40 anos, a mamografia digital é um método de imagem que utiliza raios-x para aquisição de imagens da mama, sendo diferente da radiografia digital comum por contar com melhor resolução e detalhamento devido a características intrínsecas dos mamógrafos, para detecção de lesões milimétricas.
Durante o exame, as mamas são posicionadas e levemente comprimidas pelo aparelho para diminuir a sobreposição dos tecidos, sendo adquiridas imagens em duas posições básicas em cada mama, eventualmente complementadas por compressões localizadas, ampliações ou posições adicionais, garantindo o diagnóstico completo. Depois de posicionada, as mamas são submetidas a um feixe de raios-x que forma uma imagem, armazenada em uma placa digital, que é lida e processada em computadores e telas de alta definição.
As imagens são analisadas por um médico dedicado ao diagnóstico de patologias da mama, que busca alterações mínimas, como pequenos nódulos ou microcalcificações suspeitas para lesões malignas, realizando o diagnóstico precoce, que é determinante para o melhor prognóstico.
Ultrassonografia das mamas e biópsia/punção guiada
A ultrassonografia das mamas está indicada para rastreamento em pacientes com mamas densas ou mulheres jovens, além de ser ideal na avaliação de nódulos palpáveis e complementação diagnóstica para nodulações visibilizadas através da mamografia ou ressonância magnética, auxiliando na caracterização das lesões e planejamento de possíveis biópsias.
O exame não envolve radiação ionizante e é realizado por um médico, que faz uma varredura minuciosa de todo o tecido mamário e da região das axilas em busca de lesões sólidas ou císticas. Quando encontradas, são realizadas análises de suas características e dimensões, definindo seu nível de suspeição para benignidade ou malignidade.
Além do diagnóstico, a ultrassonografia é ideal para guiar biópsias de lesões nodulares suspeitas. Realizada como procedimento ambulatorial, sob anestesia local, é utilizado uma agulha automática, introduzida através da pele, obtendo-se pequenos fragmentos que são encaminhados para análise histopatológica, fornecendo então o diagnóstico definitivo. Sendo minimamente invasivo, este procedimento permite a paciente retornar normalmente às suas atividades em um curto período de tempo.
A punção guiada por ultrassonografia se destina às lesões císticas, sendo realizada também sob anestesia local, por uma agulha fina introduzida através da pele até o interior do cisto, aspirando-se seu líquido interno, que é encaminhado para análises bioquímica e citológica, para definição do diagnóstico.
Ressonância Magnética das mamas
Biópsia guiada por estereotaxia
A biópsia estereotáxica é focada no diagnóstico de microcalcificações suspeitas visualizadas através da mamografia.
O procedimento é realizado no aparelho de mamografia, com o auxílio de um equipamento acoplado que, em conjunto, geram coordenadas através de técnicas de triangulação, guiando precisamente uma agulha automática até a região da mama com microcalcificações suspeitas. Obtidos alguns fragmentos de tecido, são radiografados para confirmação da retirada de calcificações e encaminhados para análise histopatológica que definirá o diagnóstico.
Por ser um procedimento ambulatorial minimamente invasivo, realizado sob anestesia local, permite que a paciente retorne rapidamente às suas atividades habituais.